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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
ARTIGO PUBLICADO EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA
SEGUE O LINK ONDE CONSTA MEU TRABALHO DE REVISÃO EM PARCERIA COM A PROFESSORA GATTI INTITULADO "ATENÇÃO FARMACÊUTICA A PACIENTES HIPERTENSOS".
http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/view/20622
sexta-feira, 27 de abril de 2012
ENZIMAS
A maioria das enzimas são proteínas, exceto um grupo pequeno de moléculas de RNA compropriedades catalíticas: as ribozimas.
Algumas enzimas não requerem nenhum outro grupo químico, além de seus resíduos de aminoácidos e outras precisam de um componente químico adicional chamado de co-fator
Co-fator: um ou mais íons inorgânicos
Fe, Mg, Mn e Zn
Coenzima é uma molécula orgânica complexa ou uma molécula metalorgânica
As enzimas podem atuar com a ajuda da coenzima ou do co-fator, ou de ambos.
A coenzima ou íon metálico que está ligado covalentemente à parte protéica da enzima é chamada de grupo prostético
Haloenzima é uma enzima completa e cataliticamente ativa juntamente com sua coenzima ou íon metálico. A sua parte proetéica é chamada de apoenzima ou apoproteína
As coenzimas funcionam como doadores transitórios de grupos funcionais específicos. Geralmente são derivadas de vitaminas
coenzima | Exemplo de grupos químicos transferidos | Precursor dietético em mamíferos |
biocitina | CO2 | biotina |
Coenzima A | Grupos acila | Ácido pantotênico e outros compostos |
Cobalamina | Átomos de H, grupos acila | Vitamina B12 |
FAD | Elétrons | Riboflavina (Vit B12) |
Lipoato | Elétrons, grupos acila | Não requerido na dieta |
NAD | Íon hidreto (H-) | niacina |
Piridoxal fosfato | Grupos amina | Piridoxina (Vit B6) |
Tetraidrofolato | Grupos monocarbônicos | folato |
Tiamina pirofosfato | aldeídos | Tiamina (Vit B1) |
Classificação das enzimas
São classificadas de acordo com a reação que catalisam, e muitas vezes a mesma enzima apresenta dois ou mais nomes, são 6 grandes grupos:
1 | óxido-redutases | Transferência de elétrons (íons hidreto ou átomos de H) |
2 | transferases | Reações de transferências de grupos |
3 | hidrolases | Reações de hidrólise, transferência de grupos funcionais para a água |
4 | liases | Adição de grupos às duplas ligações por meio de remoção de grupos |
5 | isomerases | Transferência de grupos dentro da mesma molécula originando isômeros |
6 | ligases | Formação de ligações: C-C, C-S, C-O e C-N consumindo um ATP. |
As enzimas afetam a velocidade, mas não o equilíbrio químico de uma reação.
E+S ES EP E+P
As enzimas aumentam a velocidade da reação diminuindo a energia de ativação
Fonte Lehninger 3ed
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
ESTRUTURA DE PROTEÍNAS
- A sequência de aminoácidos (aa) determina a estrutura espacial da proteína, seu desenho molecular e a sua conformação;
- A estrutura espacial varia devido aos tipos de aa presentes e como estão dispostos uns em relação aos outros;
- A sequência dos aa também determina os tipos de interações entre as cadeias laterais (R), lembrando que são estas cadeias que proporcionam características ao aa como polar, apolar, carga negativa, caráter ácido, etc.
- Lembra um colar de pérolas;
-Ligações químicas mais fáceis de serem rompidas;
- Apresenta-se na direção amino terminal sentido carboxila terminal.
- Forma uma espiral;
- Estabilizada por pontes de H entre o N e o O dos grupos amino e carboxila;
- Embora a ponte de H seja um tipo fraco de ligação química, o alto número dela confere estabilidade a estrutura;
- A estrutura espacial varia devido aos tipos de aa presentes e como estão dispostos uns em relação aos outros;
- A sequência dos aa também determina os tipos de interações entre as cadeias laterais (R), lembrando que são estas cadeias que proporcionam características ao aa como polar, apolar, carga negativa, caráter ácido, etc.
Estrutura Primária
- A mais simples de todas;
- Os aa estão em sequência linear;
- Similar a pessoas que dão as mãos em fila;- Lembra um colar de pérolas;
-Ligações químicas mais fáceis de serem rompidas;
- Apresenta-se na direção amino terminal sentido carboxila terminal.
Estrutura Secundária
- É tridimensional;
- Apresenta cadeias polipeptídicas;
- Podem apresentar duas formas espaciais: α-hélice ou folha-β. α-hélice:
- Enrolamento da cadeia ao redor de um eixo;- Forma uma espiral;
- Estabilizada por pontes de H entre o N e o O dos grupos amino e carboxila;
- Embora a ponte de H seja um tipo fraco de ligação química, o alto número dela confere estabilidade a estrutura;
- As cadeias laterais R dos aa estão voltadas para fora da hélice e não participam das pontes de H.
Folha-β:
- Lembra uma folha de papel amassada após desmontagem de um leque, semelhante ao telhado de uma casa, uma saia pregueada;
- Com pontes de H entre as cadeias polipeptídicas diferentes ou segmentos distantes de uma mesma cadeia;
- As pontes de H são perpendiculares e as cadeias laterais R dos aa se projetam para cima e para baixo conferindo uma forma de folha de papel pregueada.
Estrutura terciária
- Ocorre um dobramento final na cadeia polipeptídica por interação entre as estruturas;
- Segmentos distantes de uma estrutura primária podem interagir;
- Estruturas secundárias como α-hélice ou folha-β podem interagir também;
- Podem ocorrer vários tipos de ligações químicas:
Pontes de H: entre as cadeias laterais R de aa polares;
Interações hidrofóbicas: entre cadeias laterais R hidrofóbicas de aa apolares, que não interagem com a água e que geralmente estas cadeias apolares estão no interior da proteína;
Ligações eletrostáticas(iônicas): entre grupos com cargas opostas (+ ou -) e que geralmente estão presentes na superfície da proteína.
Estrutura Quaternária
- Mais complexa de todas;
- Associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas para formar uma proteína funcional;
- Presença de ligações não-covalentes entre as sub-unidades (α,β,δ, etc)
Evite o plágio e prestigie o trabalho baseado em estudos e evidências, cite!
BIBLIOGRAFIA: Bibliografia: MARZZOCO, A.; TORRES, B.B..Bioquímica Básica, 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Cácio e Vitamina D
Cálcio
- Encontrado na forma de fosfato de cálcio e depositado nos ossos
- Em caso de necessidade são mobilizados dos ossos para o sangue (osteólise)
- No sangue encontrado sob forma de íons cálcio Ca+
Funções
Contração muscular
Coagulação sanguínea
Energia nas mitocôndrias e transdução de sinais
Absorvido no intestino com auxílio da vitamina D
Age nos enterócitos produzindo uma proteína específica responsável pela absorção
Aminoácidos livres na luz intestinal, pH ácido e lactose favorecem a absorção
3 hormônios na homeostase do cálcio: paratormônio, calcitonina e vitamina D.
Deficiência de cálcio
Raquitismo na puberdade
Osteomalácia no adulto
Vitamina D
Vitamina D3 (colecalciferol) formada na pele por reação fotoquímica a partir de 7-deidrocolesterol catalisada por luz solar. É biologicamente inativa e convertida por enzimas hepáticas e renais em 1,25-diidroxicalciferol um hormônio que regula a absorção intestinal de cálcio.
Vitamina D2 (ergosterol) é sintética, obtida pela irradiação do ergosterol do levedo pela luz UV, é estruturalmente similar a vitamina D3 e ambas têm o mesmo efeito biológico, geralmente alimentos como o leite fonte natural de cálcio é suplementado com vitamina D2.
Bibliografia:
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B.. Bioquímica básica. 3ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2007
NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger: princípios de bioquímica. 4ed. São Paulo: Sarvier, 2006
Marcadores:
cálcio,
ossos,
osteólise,
osteomalácia,
raquitismo,
vitamina D
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Degradação de Aminoácidos e Proteínas
- Proteínas não são permanentes;
- Estão em contínuo processo de degradação e síntese;- Meia-vida variável:
proteína | meia-vida |
HbS | 12 minutos | <> ><>>
Hb | <> ><>> 120 dias | <> ><>>
Glicoquinase | 1,25 dias |
Lactato desidrogenase | <> ><>> 6 dias |
- Aminoácidos excedentes são oxidados e seu nitrogênio excretado;
Proteínas exógenas: provenientes da dieta e são hidrolisadas no trato digestório Proteínas endógenas: hidrolisadas intracelularmente |
Origem dos aminoácidos presentes nas células animais:
25% - proteínas endógenas
75% - proteínas exógenas
Este conjunto de aminoácidos é utilizado para a síntese de proteínas e de outras moléculas que contenham nitrogênio.
Os aminoácidos são precursores de compostos nitrogenados não-protéicos:
- Base nitrogenada: componente de ácidos nucléicos e coenzimas;- Lipídios: fosfolipídios e glicolipídios;
- Polissacarídeos: quitina e glisaminoglicanos;
- Aminas e derivados: epinefrina, GABA, histamina, carnitina, creatina, porfirina, tiroxina.
Degradação Intracelular de Proteínas:
Essencial para:
-ciclo celular, transcrição gênica e resposta inflamatória
São 2 os principais processos para degradação protéica em células eucarióticas:
1° - mais restrito – catepsinas - proteases de lisossomos
Degradam proteínas de membrana, extracelulares e de meia-vida longa
2° - geral – no citossol - Mediado pela proteína ubiquitina
Ubiquitina contém 76 aa e presente em todas as células eucarióticasAltamente conservada o que explica a sua importância
A proteínas liga-se com a ubiquitina com gasto de ATP
Carboxila terminal da ubiquitina faz ligação semelhante a peptídica, mas com um grupo ε-amino de um resíduo de lisina da proteínas a ser degradada
Após ligação com ubiquitina, outras moléculas de ubiquitina ligam-se a primeira da mesma forma
Proteína ubiquitinada = condenada a degradação
A seleção da proteína a ser degradada é obtida em parte a partir da estrutura primária, mais precisamente do aminoácido presente na extremidade amino-terminal
A meia-vida longa ou curta se dá pela presença de determinado aminoácido que proporciona esta característica e estabilidade
Degradação de Aminoácidos
As cadeias laterais R dos aminoácidos são constituídas por estruturas variadas
Oxidação segue a ordem:
1° remoção do grupo amino
2° oxidação da cadeia carbônica remanescente
Nos mamíferos :
grupo amino à uréia
Cadeias carbônicas à compostos comuns ao metabolismo de carboidratos e lipídios
O grupo amino da maioria dos aminoácidos é retirado por um processo comum e transferido para o α-cetoglutarato resultando em glutamato e a cadeia carbônica transformada em α-cetoácido
Aa + α-cetoglutarato α-cetoácido + glutamato
Esta reação é catalisada por aminotransferases que estão presentes no citossol e mitocôndria, a coenzima atuante é a piridoxal-fosfato (derivada da piridoxina - vit B6) que também age em outras reações metabólicas.
O glutamato formado sofre nova transaminação ou desaminação
Reações catalisadas por aminotransferases são facilmente reversíveis devido a Keq aprox. 1
A enzima aspartato aminotransferase é a mais ativa dessa categoria nos mamíferos
O grupo amino do glutamato é transferido para o oxaloacetato originando aspartato
A desaminação do glutamato libera seu grupo amino na forma de NH3 (amônia) que se converte a NH4, esta reação é catalisada pela glutamato desidrogenase.
BIBLIOGRAFIA: Bibliografia: MARZZOCO, A.; TORRES, B.B..Bioquímica Básica, 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Marcadores:
aminoácidos,
desminação,
glutamato,
proteínas,
ubiquitina,
uréia
Hemoglobina - Hb
Hemoglobina – Hb
- proteína globular, estrutura quaternária, possui 4 sub-unidades : 2α e 2β;
- cada subunidade está ligada a um grupo prostético heme que é uma porfirina fixadora de ferro;
- o grupo heme em cada subunidade está dentro de uma cavidade hidrofóbica delimitada por aminoácidos apolares e este ambiente apolar torna possível a ligação com o oxigênio:
Hb sem O2 – sangue venoso – azulado
Hb ligada ao O2 – sangue arterial – avermelhado
Oxiemoglobina (Oxi-Hb): Hb totalmente oxigenada pode ter até 4 moléculas de O2
Desoxiemoglobina (Desoxi-Hb): Hb desprovida de oxigênio
Fatores que interferem na ligação com oxigênio:
- As hemácias contêm um composto que diminui a afinidade da Hb por O2;- A afinidade da Hb pelo O2 diminui na presença de altos níveis de 2,3-bifosfoglicerato (BPG), um composto sintetizado a partir de 1,3-bifosfoglicerato, um intermediário da glicólise;
- O BPG liga-se preferencialmente à desoxi-Hb pois esta apresenta uma cavidade entre as subunidades β com espaço suficiente para recebê-lo, nesta cavidade há radicais com carga + que interagem com os grupos negativos do BPG;
- Na Oxi-Hb, a cavidade é menor, o que dificulta a ligação do BPG;
- Quando Hb está ligada ao BPG não permite que o O2 ligue, ocorre um predomínio na forma desoxigenada, ou seja, a Hb sem O2 fica disponível por maior tempo e assim ocorre um decréscimo na afinidade pelo O2 resultando em baixas pressões de O2
P O2 baixa (tecidos) P O2 alta (pulmões)
HbO2 à Hb + O2 HbBPG à Hb + BPG
_____________________ _____________________
HbO2 + BPG à HbBPG + O2 O2 + HbBPG à BPG + Hb O2
- O nível de BPG nas hemácias aumenta de acordo com hipóxia tissular, em anemias e em altas altitudes;
- A afinidade da Hb com o O2 também diminui com o aumento da temperatura (37-41°C)
- A relação da temperatura e afinidade da Hb por O2 tem importância fisiológica, pois permite a disponibilidade de O2, ou seja, O2 livre quando é alta a demanda de energia devido ao aumento do metabolismo celular e consequentemente da temperatura como ocorre na febre e contração muscular intensa.
A ligação do O2 a Hb depende do pH – Efeito Bohr:
- Para cada valor de PO2 a afinidade da Hb pelo O2 varia com o pH.
- Os íons H+ (como acontece com o BPG) ligam-se preferencialmente a desoxi-Hb, isto ressalta que a desoxi-Hb age como uma base de Bronsted mais forte que a forma oxigenada;
- Esta diferença no comportamento ácido-base é conseqüência da movimentação das subunidades da Hb devido a associação/dissociação de O2, alterando também valores de pKa;
- Alteração importante: Ocorre em dois resíduos de aminoácidos da subunidades β “His 146” e “Asp 94”, quando temos a desoxi-Hb estes resíduos ficam mais próximos do que eram na Oxi-Hb. Esta aproximação promove uma ligação iônica entre a carboxila (-) do Asp 94 e o grupo imidazólico (+) da His 146:
- esta interação iônica estabiliza a forma positiva da His 146, tornando mais difícil a dissociação, o valor do pKa do grupo imidazólico passa de 6,5 a 8,0, ou seja, uma base de Bronsted mais forte ficando protonada no ph do sangue venoso 7,2
- quando a Hb é oxigenada ocore o distanciamento ente His 146 e Asp 94, o valor do pKa da His 146 cai pra 6,5, ou seja, agora um ácido de Bronsted mais forte no pH do sangue arterial 7,4 e fica desprotonada.Ligação da hemoglobina com o monóxido de carbono:
Para cada molécula de Hb existem 4 átomos de íon ferroso(Fe2+). Portanto cada molécula de Hb liga até 4 moléculas de oxigênio.
CO = monóxido de carbono
CO2 = dióxido de carbono
O ambiente que proporciona o tipo de ligação, se há predomínio de oxigênio a Hb se ligará, da mesma forma que havendo mais CO se ligará também. O CO tem afinidade em torno de 200-250X maior pela Hb que o oxigênio.
Ao sítio de ligação do Fe com o oxigênio também podem ligar outras duas pequenas moléculas: CO e H2S , mas estas duas com afinidade ainda maior que o oxigênio.
Evite o plágio e prestigie o trabalho baseado em estudos e evidências, cite!
BIBLIOGRAFIA: Bibliografia: MARZZOCO, A.; TORRES, B.B..Bioquímica Básica, 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Marcadores:
bifosfoglicerato,
BPG,
hemoglobina,
oxiemoglobina
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